quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cercas da Vida

''O mundo gira em torno das incertezas da vida...
Não temos certeza de nada, não temos certeza se o nada é nada, ou se o tudo é nada em forma de incertezas...
Não temos certeza do caminho, do trilho e da tempestade, não temos certeza da justiça da súplica e da liberdade. Somos o que somos, e só pelo fato de ainda podemos SER, somos!
Certos ou não, seguimos, passamos e agimos, na ''incerteza'' que nos cerca, a incerteza certa que nos rodeia junto ao mundo.''
( Mayara Chenci)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Corrompidemia

A mesma dor, o mesmo rancor, os mesmos fatos inusitados consumidos pela
desavença de um amor.
Passados perdidos em contradição, corrompidos sem a mínima descrição, sem o
mínimo esforço visto em questão.
Traços, laços e rabiscos, pautas mal transcritas e mal resumidas, uma narrativa sem
contexto, momentos que horas vão, horas vem, traçando sobre cada parágrafo da
vida uma nova situação.
Vida rotineira, hoje se esvaia... hoje creia mais em voce, e a rotina, aquela, que um dia
lhe satisfez, deixe-a esquecida dentro de um baú velho, e comece mais uma vez um
novo parágrafo em sua vida.

(Mayara Chenci)

Longe de mim só

Longe de mim esteja toda a dor ; O tormento que o tempo não lembrou de esquecer.

Que eleve a alma, o que habita dentre nós,

que todo desatino se atine em meio aos princípios qual somos impostos

Longe de mim esteja toda dor, todo o rancor, esteje longe...

Deixe me só. Só lamento a dor da ausencia, da sentença, que a mim hoje é dada,

entregue de mão beijada, que sustenta minhas duvidas, medos e emoções.

Longe de mim.. longe de mim... longe de mim só em diante.


( Mayara Chenci )

Enquanto a dor...

Tudo o que constrói, que dissipa e que destrói...

Destruir e possuir, possuímos instintos que prevalecem sobre nossa sina,

evoluimos a tal ponto que chegamos ao estado perdurador,

o qual perdura sobre todo nosso ser.

Não é tão doce como o amor, contudo, nem tão amargo quanto a dor

Possuímos um apurado paladar , capaz de dissernir horas e dores, amores e sabores...

Tudo é febril, nossa sintaxe, nossa pauta sinestésica que é transcrita e resumida

a cada novo parágrafo da nossa vida.


( Mayara Chenci )

domingo, 10 de julho de 2011

De encontro ao céu

Tudo vai de encontro ao céu...
Toda prosa, todo lamento, todo tormento que o tempo não lembrou de esquecer.
Tudo vai de encontro ao céu...
O sabor do mel que adocica os labios meus de encontro ao beijo teu, a vela acesa que satisfaz a união em meio a escuridão, o nervosismo que provoca riso na declaração.
Tudo vai de encontro ao céu...
Nossa essência, nossa pausa e nossa volta, nossos caminhos trilhados em contradição.
Tudo vai de encontro ao céu...
Nossa sina, nossos ditos e maldizer, vontades alheias que percorrem nosso ser.
O céu é o limite? Não; nós somos o joio e o trigo, o amor e a dor, somos a decisão de um trsite e duro coração.

(Mayara Chenci)

domingo, 12 de junho de 2011

...




Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

( Fernando Pessoa )

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sintaxe à Vontade


a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque... tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?

( O Teatro Mágico )